Auditório da Prefeitura Municipal de Ipatinga
18 de Maio - 08h00m às 18h00m
19:30 – Festa da Amizade "Cuba não está Só" Show de Salsa "La Noche Cubana" na Praça da
Feirarte
O CREDO
Não me lamento, porque canto.
Faço do canto manifesto.
Sequei as águas do meu pranto
Nos bronzes fortes do protesto.
Acuso a puta sociedade,
Com seus patrões, seus preconceitos.
O teto, o pão, a liberdade
Não são favores, são direitos.
(Noel Delamare)
A nossa
Convenção de Solidariedade a Cuba vai acontecer. Batalhamos e vamos dar pelo
menos essa nossa mínima contribuição na defesa de um exemplo, dado por um povo
pobre, cerceado há 54 anos por um bloqueio econômico desumano. Mas que, povo heróico,
teima em construir uma sociedade
igualitária, ainda que baseada na pobreza, mirando desde Havana os reflexos das
luzes e tentações de Miami. Apostando no futuro que teima em edificar, resistem.
Resistem, nos mostrando um jeito de ser e andar quando
se quer traçar com os dedos e plantas dos pés o seu próprio caminho. Esse exemplo que tanto ameaça o império do norte e
seus serviçais. Um pequeno povo, 13 milhões de habitantes, um pouco mais, se tanto, pobre, mas que nos diz, desde 1959, ainda
exausto pela vitoriosa batalha de “Playa
Girón”, em alto e bom som: se nós pobres podemos fazer tanta justiça e construir tanta
dignidade na carne e no espírito de um povo, o que não se pode fazer com tanta
riqueza mal distribuída na face da terra.Vocês que são ricos, se mais ricos com o nosso exemplo, com
certeza, poderão fazer muito mais e melhor. Só isso. Esse o exemplo que defendemos e em que miramos. Exemplo que os
velhos yankees tanto temem. E as grandes corporações e impérios midiáticos
sabotam e tentam derrotar e domesticar.
Se Cuba mira
Miami e resiste como coletivo às tentações de uma sociedade consumista, mundo
de gafanhotos, vorazes predadores; o Povo Cubano, sabendo que o mundo lhes reserva tempos de
terras de Canaã, bastando resistir persistir lutar até que o tempo se construa,
ao toque de nossas mãos, para que jorre o leite e o mel. Miami também, se olha
e olha também para o lado da ilha. Difícil explicar-se. Que racionalidade é
essa que, desprezando o humano, constrói, com a miséria parede-e-meia, imorais bolsões de riqueza,
fausto e dissipação? A lógica é simples, enquanto uns choram, outros vendem
lenços. Onde tudo tem seu preço, até almas são postas em leilão.
Uma Convenção
de Apoio. Apenas isso é o que podemos fazer, nesse momento. E precisamos, no
nosso limite, fazer bem e bem feito.
Todos podem dar sua contribuição, mínima que seja. Com a presença;
inviabilizada a presença, com a mobilização de quem puder mobilizar para que o nosso
ato expresse com mais audiência o nosso sentimento, que sabemos
minoritário, mas que aponta para frente.
Na defesa e na possibilidade de um outro mundo, uma globalização solidária,
território mundial dos justos e dos
homens e mulheres que se amam e preparam sempre um futuro melhor para os que
vem, na pegada de nossas pegadas, no
rastro dos nossos passos e dos nossos tempos.
Quem não puder fazer nada disso, ore, reze, bata os pés nos terreiros, incorpore
seus santos, interceda por nós junto a seus orixás, ou sentem-se à beira da
estrada, hora destas passaremos por lá e esperamos que se integrem de vez ao nosso cortejo.... Quando o carnaval chegar.
Mas nesses
tempos de resistências, bom relembrar Érico Veríssimo. O menos
que podemos
fazer, numa época de atrocidades como a nossa, é acender a
nossa lâmpada, fazer luz
sobre a realidade de nosso mundo, evitando que sobre ele caia a
escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurarmos a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não
tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último
caso, risquemos fósforos repetidamente, como sinal de que não desertamos
nosso posto.
A Rede
Caravelas, a Casa Latina, o Sitraemg, as Brigadas Populares, o PCR, a UJR, a
Thema e os demais organizadores da Convenção, contam com nosso apoio e nossa
presença.
“A melhor maneira de dizer, é fazer”, já
nos dizia José Martí
Se
vistam com as cores e o desejo de uma vida melhor para todos e todas.
Sejam
bem vindos
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